quinta-feira, 17 de outubro de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
“Padrão da Língua Portuguesa”
Nasceu o desafio de materializar os “Vultos do Atlântico”.
Desafios, são para mim, como o conceber. Depois é só deixar crescer…
Surgiram rostos que deram nome aos vultos, mas pouco depois
os meus vultos já não precisavam de ter aqueles nomes, porque muitos eram os
nomes que lhe cabiam e queriam estar, e afinal cada um de nós tem os seus próprios
Vultos a quem nomear.
Designei-os primeiramente como personagens da escrita da Língua
Portuguesa, mas logo, logo depois surgiram os tantos e tantos que também lá
queriam estar, os músicos, os pensadores, os arquitetos os fotógrafos, as
paisagens os amores, o mar…tanto mar.
Assim seres de faces esculpidas que podem ser a Sophia de
Mello Breyner, o Fernando Pessoa, como o Vinicius de Moraes, ou a Clarisse
Lispector, como qualquer outros que o nosso afeto e relação aí queira nomear e
lá colocar, fazendo-o vulto.
A coluna da Escultura Padrão, como vértebras encaixadas de
azul, profundo como o Oceano, por onde navegam como se barcos fossem, letras
sabiamente juntas, escritas com sentido poético, que se encontram, transportam
e cruzam tudo o que somos e nos une.
A base, quatro pés: a cultura, a língua, os afetos, os
valores; suporta poemas, canções, frases e silêncios que se tornam caminhos,
pontes e razões entre estas duas margens deste grande rio de água salgada.
Padrão da Língua Portuguesa, é afinal um padrão imaterial,
sempre com vontade de recomeçar, de se redescobrir constantemente. A língua, É
cada um de nós que lhe dá vida, sentidos, afetos, músicas, valores…que todos os
dias tem sabores diferentes
A Língua, recusando acordos e formatações que lhe cortam a
vontade de voar e de crescer. Quer cada vez juntar-se de forma diferente e
sempre novo….Redescobrindo-se constantemente como Ser Vivo Imaterial que é.
Livro- Vultos do Atlantico
Livro “Vultos do Atlântico”
Livro, caixa de palavras arrumadas
Em forma de letras ou não
As palavras querendo estar nos seus lugares
Em corpo de sentimentos
Em sons de música
Em trajetória de viagens
Em poemas fortes como a vida
Em partilhas entre todos os que lêem
Em união de todas as palavras que inventam o universo.
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